Seleção Brasileira

Justiça anula eleição de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF

Julgamento no TJ-RJ destituiu o presidente do cargo e nomeou o presidente do STJD, José Perdiz, como interventor

Por Pedro P. Lima
Publicado em 7/12/23 às 15:51h. | Última atualização em 7/12/23 às 15:51


O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro destituiu Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da CBF. A 21ª Vara de Direito Privado julgou, por três votos a zero, como ilegal um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre CBF e Ministério Público do Rio de Janeiro em março de 2022, que resultou na eleição do Ednaldo para presidente por um mandato de quatro anos.

O TJ-RJ determinou também a necessidade de um interventor para convocar novas eleições dentro de 30 dias e nomeou o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz. O julgamento foi em segunda instância, portanto ainda cabe recurso. A informação é de Martin Fernandez e Raphael Zarko do GE.

Em 2017, o Ministério Público do Rio de Janeiro, considerou que o processo eleitoral da CBF feria a Lei Pelé. Naquele momento, Marco Polo del Nero presidia a entidade, e uma Assembleia Geral alterou as regras para as eleições. No novo formato, os clubes da serie A tinham influência maior do que a série B, o que, para a justiça, gerou um desequilíbrio.

Foi sob essas regras eleitorais que Rogério Caboclo foi eleito para um mandato de quatro anos que se iniciou em abril de 2019. Em julho de 2021, quando o então presidente sestava afastado do cargo sob denúncias de assédio, a Justiça do Rio de janeiro anulou sua eleição e decretou uma intervenção na CBF. Neste momento, a entidade era presidida interinamento por Antonio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, que era o vice presidente mais velho da chapa do Caboclo.

Os interventores nomeados foram os presidentes da Federação Paulista de Futebol e do Flamengo, Reinaldo Carneiro Bastos e Rodolfo Landim. Mas esta decisão foi anulada pelo TJ-RJ dias depois.

Em agosto do mesmo ano, os vice-presidentes da CBF nomearam Ednaldo Rodrigues como interino até o fim do mandato de Caboclo em abril de 2023.

Em março de 2022, Ednaldo assinou um TAC, junto ao MP-RJ, que estabelecia novas regras eleitorais e extinguiria a ação que chegou a resultar em uma intervenção na CBF. Sob estas novas regras, ele se elegeu presidente da CBF como candidato único para um mandato de quatro anos. A alegação é que Ednaldo não poderia assinar o TAC por ser presidente interino e poder se beneficiar do acordo para se candidatar em seguida.

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