(Foto: Divulgação/Athletico-PR)
Uma das principais virtudes do trabalho do Tite na seleção brasileira foi a transparência. Por mais contestáveis que algumas decisões possam ter sido, era sempre possível enxergar uma lógica por trás e um motivo para a escolha. Sendo assim, uma das poucas dúvidas que restaram às vésperas da última Copa era a de quem seria o “Camisa 9” do Brasil. A escolha foi pelo Richarlison, que fez uma boa Copa, marcando três gols e fazendo boas atuações.
O fato é que no ciclo de 2018 até 2022, a posição de centroavante ficou em aberto, muito pelo fato de nenhum jogador ter feito boas atuações constantemente durante o período. Ao todo, nove jogadores foram convocados por Tite em 6 anos de trabalho: Arthur Cabral, Gabigol, Gabriel Jesus, Matheus Cunha, Pedro, Richarlison, Firmino, Wesley Moraes e Willian José. Além de três nomes que não são centroavantes de origem, mas que atuavam na posição naquele momento: Thiago Galhardo, Hulk e Diego Souza.
Toda essa instabilidade na posição deixa dúvida na cabeça do torcedor brasileiro, mas olhando para a próxima Copa, temos dois candidatos fortíssimos à centroavante da Seleção Brasileira. Vitor Roque, de 18 anos, jogador do Athletico-PR, mas que a partir de Julho de 2024 será jogador do Barcelona. E Endrick, de 17 anos, do Palmeiras, que a partir de Julho de 2024 estará no Real Madrid.
Talvez seja muito cedo para colocar a pressão de ser o 9 da Seleção Brasileira em dois jogadores tão jovens, mas por outro lado, no futebol é natural que os jogadores que são tão acima da média tenham que conviver sob pressão o tempo todo. Vale lembrar que Vitor Roque e Endrick são, respectivamente, a segunda e a terceira maior transferência da história do futebol brasileiro, ficando atrás apenas do Neymar.
Os dois já foram campeões vestindo a camisa 9 amarelinha nas categorias de base. E são duas opções que realmente empolgam para a próxima Copa. E hoje, podemos dizer que o Vitor Roque já é uma realidade no futebol brasileiro, somando Brasileirão e Libertadores, ele disputou 21 partidas, com onze gols marcados e três assistências, sendo um dos principais atacantes em atividade no Brasil, e que já merece ganhar mais minutos com a camisa da seleção principal.
Endrick, por outro lado, ainda é uma promessa. São 28 partidas na temporada, mas apenas doze como titular, nove delas ainda no Campeonato Paulista. Não são atuações ruins, são sete gols marcados, mas ele ainda não conseguiu se firmar. Muito pela concorrência que ele tem no Palmeiras, e o fato de ainda ser muito jovem. Apesar de ele ser só 17 meses mais novo que o Vitor Roque, um ano e meio de experiência faz total diferença para jogadores ainda em formação.
De qualquer forma, o prognóstico para a camisa 9 da seleção brasileira é muito bom. A próxima Copa é em 3 anos, e se eles conseguirem se firmar no futebol espanhol até lá, as chances de eles fazerem a diferença para o Brasil na Copa são muito grandes.
